O coletivo de arte SHN, um dos mais importantes coletivos de arte e intervenções no espaço público no Brasil e com atuação mundial, celebra 25 anos com um livro rico em texto e imagens de 26 projetos mais emblemáticos do grupo. Com tiragem limitada, capa dura couchê e muitas páginas, o material será oficialmente lançado em dois eventos neste fim de semana.
O primeiro acontece na cidade natal da SHN, em Americana/SP, na sexta-feira, dia 17/10, na rua Silvino Bonassi, 840, a partir das 18h. Já no sábado, 18/10, o lançamento é na capital São Paulo, no Balsa Bar (rua Capitão Salomão, 26, 3º andar), a partir das 13h.
Para ambas as ocasiões, é preciso confirmar presença clicando aqui.
Exemplares do livro estarão à venda tanto no evento de Americana como em São Paulo. Quem adquiriu na pré-venda poderá retirar seu pedido pessoalmente e sair com o livro autografado pelos artistas!
SHN25
O projeto gráfico faz jus ao tamanho do coletivo, com edição, criação, direção de arte e diagramação dos parceiros do outro Colletivo – o escritório de design parceiro do SHN – que durante três anos se debruçou na curadoria e desenvolvimento desse livro.
Há 25 anos, a SHN rompe os limites da galeria e transforma o espaço público em tela viva, uma manifestação coletiva que ecoa pelas ruas, muros e cidades ao redor do mundo. Sabe aquela boca aberta colorida e os famigerados adesivos de ‘Obrigado Vida’ por todo o país? Sim, são obras atemporais da SHN.
A arte fora da ‘caixinha’
A história de mais de duas décadas de um grupo de amigos do interior paulista (Americana/SP) com ideias fora da caixa sobre arte e como ocupar o mundo por meio de suas criações está detalhadamente contada e ilustrada no livro SHN – 25 anos.
O material é rico em textos e imagens que apresentam cada trabalho: o contexto, o processo de criação, os bastidores da produção e seu resultado. Vale destacar que o livro todo tem textos em português e em inglês.
Tem também introdução do próprio SHN, biografia e linha do tempo detalhando sua trajetória e ensaios de convidados pra lá de especiais avaliando o seu impacto no cenário.
SHN e a voracidade cultural
Entre diversos textos de apresentação, o livro conta com um interessante relato de Gustavo Sartori Barba (diretor do selo e produtora + Um Hits), que acompanha o coletivo desde os primórdios. Confira um trecho:
“Americana era uma cidade típica do interior deste Estado que era e ainda é o mais pujante economicamente deste país tão desigual. E inseridos ali, nessa realidade que oferecia novas estéticas, mas ao mesmo tempo lhes negava acesso aos eventos e estruturas que só a capital comportava, eram tomados por uma voracidade cultural que os fazia enfrentar longas viagens de ônibus, desde o início da adolescência, para São Paulo. Adolescentes vivenciando o luto da infância e suas turbulências, anestesiando suas consciências, começando a frequentar festas em outras cidades. Visitando lugares e pessoas”.
Projetos destacados
A SHN participou, por exemplo, da Virada Cultural de 2023, festival promovido anualmente pela Prefeitura de São Paulo, com bandeiras que foram erguidas ao longo do Vale do Anhangabaú. Ícones também foram criados para ilustrar e homenagear a pluralidade de atividades culturais que acontecem nas ruas da capital paulista durante as vinte quatro horas de evento.
Outro destaque é a instalação Paixão Tropical, promovida na Arábia Saudita. À convite Cedar Lewisohn e Basmah Felemban, figuras renomadas no contexto curatorial que pensam e discutem a relação entre arte e cidade, o SHN integrou o time de artistas composto por 30 nomes locais, regionais e internacionais.
A motivação do festival foi a ocupação de uma edificação pública abandonada na cidade de Riyadh. Ao SHN foi proposto uma intervenção em uma parede com 14 metros de altura que recebeu a montagem em mosaico composta por posters desenhados pelo grupo.
